Texto: Jamille Ipiranga
Ilustração: Marcilene Damasceno
Ser a primeira a chegar, sentar perto das autoridades, ter atenção de todos, ser a mais competitiva, a mais popular, a mais isso ou aquilo. O que dessas coisas, de fato, nos realizam ou agregam na nossa vida? Queremos mostrar esses resultados para os outros ou essas ações nos realizam verdadeiramente?
Tenho a sensação que a plenitude humana está relacionada a estar no meio das pessoas, pertencer, agregar onde estiver, existir de forma ativa e atenta, ter compaixão, ouvir os sons da natureza e de Deus. Sentir os cheiros dos banhos e dos temperos, saborear a escrita sentida, a música ouvida, a conversa falada. Se ligar mais nas pessoas e se desligar dos eletrônicos. Difícil, mas possível.
Todas essas situações cotidianas quando vivenciadas intensamente são afortunadamente a melhor forma de se conectar com algo maior, além de viver com plenitude e felicidade. Sem precisar de primeiros ou últimos lugares. Dispensando o que é coisa e valorizando pessoas. É sobre ser e não somente aparecer.
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